Apesar de ter sido uma conexão de poucas horas, a
minha primeira vez em solo africano foi em Addis Abeba, capital de Etiópia.
Infelizmente para nós brasileiros a imagem que temos deste país está relacionada
a fome e a pobreza, mas não podemos deixar de lembrar que a Etiópia é o berço
do movimento rastafári e o ex-imperador Haile Selassie é considerado a encarnação
de Deus.
Então vamos lá, não vi nenhum rastafári pelas ruas
de Addis Abeba, acredito que esta figura de Selassie como um “Deus” está mais
relacionada com o imaginário da África mítica, de volta as origens... A maior
parte da população é de cristãos ortodoxos (50%) e mulçumanos (30%) então o que
mais vi nas ruas foram homens de taqiyah (chapéu) e mulheres de hijab (véu).
Eu estava dormindo (por volta das 4 horas da manhã)
quando começou o Adhan, que é a chamada para oração islâmica. Era um som tão
alto que me acordei, fui pra varanda apesar do frio (cerca de 10ºC) e fiquei
contemplando o nascer do sol e aquela "música" que é ao mesmo tempo forte e calma. Infelizmente quando troquei de celular perdi
minha gravação, mas coloquei aqui um link só pra vcs terem uma noção.
A cidade é a sede da União Africana tem avenidas
largas, arborizadas e com muitos policiais nas ruas. Que não diferem muito do
nordeste brasileiro com bastante comércio informal, lojas, movimento nas ruas e
um trânsito confuso (como aqueles que vemos na Índia). Apesar da língua oficial
ser o amárico, consegui me comunicar em inglês (e olhe que falo pouco).
Pena que só pude ficar algumas horas em Addis Abeba, me restou um desejo
de voltar a Etiópia, mas desta vez para passar vários dias.