Vilankulos (continuação)

Perguntei a várias pessoas em Vilankulos um local “maningue nice” para experimentarmos comida tradicional moçambicana. Todos sempre falavam do restaurante da Dona Ana, então no domingo resolvemos almoçar fora. Como o sistema público de transporte é inexistente, resolvemos ir a pé. Então a primeira coisa que vocês têm que saber é que a noção de distância dos moçambicanos é bem diferente na nossa. Nessa brincadeira de “É logo ali”, “depois daquela curva”... andamos quase uma hora embaixo de um sol escaldante.



Quando chegamos o restaurante da Dona Ana era na verdade o Hotel Dona Ana, daquelas que a gente até se belisca para ter certeza de que está acordado e que não se trata de um sonho, com sua praia privativa.

  

No meu imaginário de “comida tradicional”, Dona Ana seria uma senhora negra, de seios fartos e que iria pilar o amendoim ali na hora. O que não deixa de ser verdade, mas num passado bem distante. Reza a lenda que Dona Ana era uma mestiça que fabricava e vendia piri-piri (pimenta), ela acabou casando com um comerciante português e com seu espírito empreendedor ajudou o marido a fazer fortuna. Morreu de AVC no hotel na década de 1970.


Mas como já estávamos lá, resolvemos conhecer o restaurante do hotel e tirar algumas fotos, num momento de ostentação. A comida era boa, mas nada espetacular, deixando por terra todas as minhas expectativas, além de ser um pouco caro.




Na volta estávamos cansados e resolvemos pegar um carro privado que rodam como táxi e cobram cerca de R$ 30,00 pela corrida. Ele fez um caminho diferente, por uma estrada de areia, aproveitamos pra tomar um banho de mar e curtir o finalzinho da tarde.



Nos próximos dias vou postar sobre nosso passeio na Ilha de Magaruque.

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