Fortaleza de São Sebastião - Ilha de Moçambique





 Iniciamos mais um dia da nossa jornada pela Ilha de Moçambique, antes de mostrar os lugares que fomos é necessário narrar um pouco da história do lugar.  


Antes da chegada dos portugueses em 1498 a ilha era um povoado swahili, sendo considerado o maior porto islâmico no leste da África. Sua conquista foi de extrema importância para coroa portuguesa, pois servia como base no caminho da Europa para as Índias. Por este motivo foi disputada por anos por Portugal, França e Holanda.  


 Começamos nosso passeio pela primeira Mesquita construída em Moçambique. A construção datada de 1900 é bem simples, mas carregada de simbolismo.  



 Nela mulheres não podem entrar, então fiquei do lado de fora tirando algumas fotos e apreciando a paisagem enquanto Valter fazia suas orações.

  

Continuamos nosso passeio... pela Ilha de Moçambique, suas ruas e paisagens que por vezes me fizeram lembrar de outra Ilha: Cuba.
 



Conforme dissemos anteriormente o ingresso para o Palácio dos Generais também dá direito a Fortaleza de São Sebastião (1545).
 

Diferente do Museu na Fortaleza não existem guias, o que é uma pena, apenas um guarda que fica na porta pra receber os bilhetes.


 Mais uma vez éramos os únicos turistas, o silêncio do lugar só não era total, pois o guarda estava ouvindo Roberto Carlos.

  
Reza a lenda que as pedras para construção da fortaleza foram trazidas de Lisboa, teoria refutada por alguns historiadores, que afirmam que as pedras foram extraídas da cidade macuti, por isto que ela fica abaixo do nível do mar.


 Dentro da Fortaleza de São Sebastião esta localizada a Capela de Nossa Senhora do Baluarte (1522). 

Aproveitamos a paz do lugar para fazermos nossos votos nesta igreja que é considerada mais antiga edificação europeia na costa oriental da África. 


 A importância histórica do lugar não faz jus ao seu péssimo estado de conservação, falta ao governo moçambicano investir em infraestrutura e promover o turismo local.



 O que acaba sendo superado pelas paisagens exuberantes do lugar, um suspiro a cada esquina.



 Fomos aproveitar o resto do dia antes de voltar pra Maputo caminhando pelo sul da ilha. Passamos em frente a casa do poeta português Luis de Camões, que morou na ilha de 1567 a 1569, neste período ele escreveu sua obra mais célebre “Os Lusíadas”. Infelizmente a casa em que ele habitou está bastante deteriorada


Outra importante edificação é o Fortim e Capela de Santo Antônio, construído primeiramente em 1587, foi destruído na época da invasão Holandesa e posteriormente reconstruído em 1820. Atualmente esta sendo reformado, por isso encontra-se fechado para visitação.  


Nas ruas da cidade Macuti as crianças jogavam futebol com uma bola feita de sacos de plástico.

  


 Valter disse que na sua infância em Quelimane também brincavam desta forma, o saudosismo fez com que ele fosse pedir para jogar junto com eles. Enquanto isso algumas meninas brincavam de fazer comida com pedras, areia e plantas. Uma infância sem luxos e brinquedos caros, mas feliz afinal é isso que importa.


 Caminhamos de volta ao Hotel, mas antes passamos em frente ao Hospital de Moçambique, do século 17. O edifício esta abandonado, lá existe uma placa falando da sua revitalização, mas não vimos ninguém trabalhando e a previsão para o termino da obra já havia expirado.




 Na língua macúa, falada naquela região do país, o nome de ilha é Omuhipiti e significa esconderijo. Viajamos para Ilha de Moçambique em agosto/2015, me apaixonei pelos seus encantos e digo que achei o meu esconderijo no mundo. Quero em breve poder retornar para este lugar tão orera (bonito). 


 Vamos sair um pouco da África e as próximas publicações serão sobre Portugal e seus encantos.

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