Oceanário de Lisboa



“Mar, metade da minha alma
É feita de maresia”

Sophia Breyner




Vamos começar nossas aventuras em terras lusas não pelo nosso primeiro passeio, mas pelo mais recente no Oceanário de Lisboa.




Ele esta localizado no Parque das Nações. Uma região bem contemporânea da cidade, construída com uma arquitetura moderna à beira do Rio Tejo para Expo98. Quem estiver com tempo livre pode também visitar o Museu de Ciência e Tecnologia, andar de teleférico ou fazer compras no Shopping Vasco da Gama.




O Oceanário é um grande aquário com mais de 5 milhões de litros de água salgada, reúne uma fauna variada com mais de 500 espécies. 



O percurso tem dois níveis, o terrestre onde estão às lontras, os pinguins e outras aves marítimas e o subaquático onde estão os peixes, tubarões, arraias... um mergulho nas vida marinha dos quatro oceanos.






Além do aquário central existem vários pequenos tanques espalhados pelo oceanário com animais de diferentes habitats marinhos como moreias, dragões do mar...cada um mais diferente e exótico do que o outro. 


Vale a pena sentar num dos vários bancos e sofás espalhados ao longo do trajeto para contemplar a imensidão dos mares tão cheios de vida. Sem fazer nada, só relaxar e observar o peixe lua, as arraias e os tubarões. 




Quem tiver interesse em visitar o Oceanário de Lisboa funciona todos os dias das 10 às 19 horas e o ingresso custa 14 euros. 


 Maiores informações na página: https://www.oceanario.pt/
e obrigada pela visita ao nosso blog Road for two.



Fortaleza de São Sebastião - Ilha de Moçambique





 Iniciamos mais um dia da nossa jornada pela Ilha de Moçambique, antes de mostrar os lugares que fomos é necessário narrar um pouco da história do lugar.  


Antes da chegada dos portugueses em 1498 a ilha era um povoado swahili, sendo considerado o maior porto islâmico no leste da África. Sua conquista foi de extrema importância para coroa portuguesa, pois servia como base no caminho da Europa para as Índias. Por este motivo foi disputada por anos por Portugal, França e Holanda.  


 Começamos nosso passeio pela primeira Mesquita construída em Moçambique. A construção datada de 1900 é bem simples, mas carregada de simbolismo.  



 Nela mulheres não podem entrar, então fiquei do lado de fora tirando algumas fotos e apreciando a paisagem enquanto Valter fazia suas orações.

  

Continuamos nosso passeio... pela Ilha de Moçambique, suas ruas e paisagens que por vezes me fizeram lembrar de outra Ilha: Cuba.
 



Conforme dissemos anteriormente o ingresso para o Palácio dos Generais também dá direito a Fortaleza de São Sebastião (1545).
 

Diferente do Museu na Fortaleza não existem guias, o que é uma pena, apenas um guarda que fica na porta pra receber os bilhetes.


 Mais uma vez éramos os únicos turistas, o silêncio do lugar só não era total, pois o guarda estava ouvindo Roberto Carlos.

  
Reza a lenda que as pedras para construção da fortaleza foram trazidas de Lisboa, teoria refutada por alguns historiadores, que afirmam que as pedras foram extraídas da cidade macuti, por isto que ela fica abaixo do nível do mar.


 Dentro da Fortaleza de São Sebastião esta localizada a Capela de Nossa Senhora do Baluarte (1522). 

Aproveitamos a paz do lugar para fazermos nossos votos nesta igreja que é considerada mais antiga edificação europeia na costa oriental da África. 


 A importância histórica do lugar não faz jus ao seu péssimo estado de conservação, falta ao governo moçambicano investir em infraestrutura e promover o turismo local.



 O que acaba sendo superado pelas paisagens exuberantes do lugar, um suspiro a cada esquina.



 Fomos aproveitar o resto do dia antes de voltar pra Maputo caminhando pelo sul da ilha. Passamos em frente a casa do poeta português Luis de Camões, que morou na ilha de 1567 a 1569, neste período ele escreveu sua obra mais célebre “Os Lusíadas”. Infelizmente a casa em que ele habitou está bastante deteriorada


Outra importante edificação é o Fortim e Capela de Santo Antônio, construído primeiramente em 1587, foi destruído na época da invasão Holandesa e posteriormente reconstruído em 1820. Atualmente esta sendo reformado, por isso encontra-se fechado para visitação.  


Nas ruas da cidade Macuti as crianças jogavam futebol com uma bola feita de sacos de plástico.

  


 Valter disse que na sua infância em Quelimane também brincavam desta forma, o saudosismo fez com que ele fosse pedir para jogar junto com eles. Enquanto isso algumas meninas brincavam de fazer comida com pedras, areia e plantas. Uma infância sem luxos e brinquedos caros, mas feliz afinal é isso que importa.


 Caminhamos de volta ao Hotel, mas antes passamos em frente ao Hospital de Moçambique, do século 17. O edifício esta abandonado, lá existe uma placa falando da sua revitalização, mas não vimos ninguém trabalhando e a previsão para o termino da obra já havia expirado.




 Na língua macúa, falada naquela região do país, o nome de ilha é Omuhipiti e significa esconderijo. Viajamos para Ilha de Moçambique em agosto/2015, me apaixonei pelos seus encantos e digo que achei o meu esconderijo no mundo. Quero em breve poder retornar para este lugar tão orera (bonito). 


 Vamos sair um pouco da África e as próximas publicações serão sobre Portugal e seus encantos.

Palácio dos Capitães-Generais / Ilha de Moçambique



Mais um passeio pela Ilha de Moçambique. Desta vez fomos conhecer o Palácio dos Capitães-Generais, o prédio foi construído em 1610 e funcionava como casa do Governador de Moçambique.
 

Reza a lenda de que em 1975 Samora Machel, durante sua viagem do Rovuma a Maputo, pernoitou no Palácio. Na ocasião um dos seus guarda-costas acabou quebrando uma valiosa poltrona (que encontra-se em exposição). Depois deste episódio o Presidente assinou um decreto transformando o Palácio em Museu a fim de preservar o seu patrimônio.



Atualmente o palácio abriga dois museus: no pavimento térreo encontra-se instalado o Museu da Marinha; no pavimento superior, o Museu-Palácio de São Paulo, com uma coleção de artes decorativas, onde se destaca uma das maiores coleções do mundo de mobiliário indo-português. As peças talhadas a mão em pau preto, são lindíssimas. Infelizmente não temos nenhum registro, pois é proibido fotografar no interior do Palácio.




Ao entramos no museu temos de tirar os sapatos para preservar os assoalhos e os tapetes de arraiolos, bordados a mão séculos atrás.  São poucos os turistas por aquelas bandas e os que vão estão mais interessados nas praias, portanto éramos os únicos visitantes do museu. Acredito que por isso a recepção tenha sido tão calorosa, os funcionários são bem comunicativos e um guia nos acompanhou durante toda a visita. 


O ingresso para o Palácio de São Paulo custa 300 meticais (cerca de R$ 15) e dá direito a visitar o Palácio de São Paulo e a Fortaleza de São Sebastião, que será o tema do próximo post.
 


Terminada a visita fomos passear pela prainha em frente ao palácio e apreciar o pôr do sol na Ponte da Alfândega.




Haviam umas crianças vendendo crustáceos e frutos do mar, admito que não tive coragem de experimentar. Valter comeu algo que eles chamavam de “melcoma” e pra completar ainda colocam piri piri (molho de pimenta).



Na volta para o Hotel conhecemos Nuri (que significa ilustre, brilhante), um menino que vendia bolinhos (pareciam com os nossos bolinhos de chuva). Não eram maravilhosos, mas comprei para ajudá-lo. Já era tarde da noite e ele andava pelas ruas da cidade de pedra vendendo os bolinhos que sua avó prepara. Ele mora na cidade macuti, mas fez questão de nos acompanhar até o hotel. Fiz questão de registrar este encontro, pois ficamos encantados com sua força e determinação.



 

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