Palácio dos Capitães-Generais / Ilha de Moçambique



Mais um passeio pela Ilha de Moçambique. Desta vez fomos conhecer o Palácio dos Capitães-Generais, o prédio foi construído em 1610 e funcionava como casa do Governador de Moçambique.
 

Reza a lenda de que em 1975 Samora Machel, durante sua viagem do Rovuma a Maputo, pernoitou no Palácio. Na ocasião um dos seus guarda-costas acabou quebrando uma valiosa poltrona (que encontra-se em exposição). Depois deste episódio o Presidente assinou um decreto transformando o Palácio em Museu a fim de preservar o seu patrimônio.



Atualmente o palácio abriga dois museus: no pavimento térreo encontra-se instalado o Museu da Marinha; no pavimento superior, o Museu-Palácio de São Paulo, com uma coleção de artes decorativas, onde se destaca uma das maiores coleções do mundo de mobiliário indo-português. As peças talhadas a mão em pau preto, são lindíssimas. Infelizmente não temos nenhum registro, pois é proibido fotografar no interior do Palácio.




Ao entramos no museu temos de tirar os sapatos para preservar os assoalhos e os tapetes de arraiolos, bordados a mão séculos atrás.  São poucos os turistas por aquelas bandas e os que vão estão mais interessados nas praias, portanto éramos os únicos visitantes do museu. Acredito que por isso a recepção tenha sido tão calorosa, os funcionários são bem comunicativos e um guia nos acompanhou durante toda a visita. 


O ingresso para o Palácio de São Paulo custa 300 meticais (cerca de R$ 15) e dá direito a visitar o Palácio de São Paulo e a Fortaleza de São Sebastião, que será o tema do próximo post.
 


Terminada a visita fomos passear pela prainha em frente ao palácio e apreciar o pôr do sol na Ponte da Alfândega.




Haviam umas crianças vendendo crustáceos e frutos do mar, admito que não tive coragem de experimentar. Valter comeu algo que eles chamavam de “melcoma” e pra completar ainda colocam piri piri (molho de pimenta).



Na volta para o Hotel conhecemos Nuri (que significa ilustre, brilhante), um menino que vendia bolinhos (pareciam com os nossos bolinhos de chuva). Não eram maravilhosos, mas comprei para ajudá-lo. Já era tarde da noite e ele andava pelas ruas da cidade de pedra vendendo os bolinhos que sua avó prepara. Ele mora na cidade macuti, mas fez questão de nos acompanhar até o hotel. Fiz questão de registrar este encontro, pois ficamos encantados com sua força e determinação.



 

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