Acordamos,
como de costume, antes do dia clarear para rezar/meditar cada qual a sua
religião e apreciar o nascer do sol. Tomamos um café da manhã especial
(panquecas, frutas e chá) e lá pelas 8 horas da manhã partimos para o nosso passeio.
A maioria dos turistas vem para Vilankulos com o intuito de conhecer o arquipélago de Bazaruto. Depois de ouvir vários relatos na internet sobre a demora no barco (2 horas pra ir e duas pra voltar), acabamos optando pela Ilha de Magaruque, que fica apenas a 12 km do continente (50 minutos de barco) e não é tão frequentada pelos turistas.
Na cidade existem várias operadoras de mergulho e passeios de barco para as ilhas. Acabamos fechando um pacote de cerca de R$ 200 por pessoa com Mapapay, um mestiço (filho de uma moçambicana com um chinês) que é a cara do Dwayne Johnson. O passeio dura das 8 às 16 horas e inclui: guia turístico, equipamento para snorkel, almoço, água, refrigerante e frutas.
Fizemos o
trajeto num tradicional barco a vela de madeira (dhow), utilizado pela
população local para pesca e transporte de pessoas e mercadorias. Já que os
habitantes das ilhas sempre vêm realizar suas compras ou trabalhar em
Vilankulos.
A viagem foi super tranquila, deu até pra fazer as unhas. Em menos de uma hora estávamos desembarcando na Ilha da Magaruque, com uma beleza quase intocada, água transparente (mas gelada), dunas maravilhosas e piscinas naturais formadas pelos corais.
Resolvemos
contornar a ilha a pé (pouco mais de 2km), durante todo o trajeto só
encontramos com uma turista que estava caminhar sozinha (achei perigoso, mas os
barqueiros disseram não ter problema) e vimos uma família nativa que estava num
barquinho pescando.
É possível conciliar o passeio com o snorkel
nos arrecifes. Infelizmente minha máquina não é subaquática, mas o lugar
possui uma diversidade de vida marinha e dá para mergulhar mesmo sem o uso de
tanque de oxigênio. Vimos vários peixes,
de acordo com os relatos é possível ver as baleias jubartes, golfinhos e
tubarões, mas infelizmente o único que vi havia sido pescado por moradores da
ilha.
A tarde foi
servido um almoço (arroz, macarrão, peixe grelhado e salada), preparado pelos barqueiros numa cozinha improvisada dentro do próprio barco.
Depois do almoço bate aquela vontade de ficar deitada embaixo de uma cabaninhas da praia...em seguida, mais um mergulho antes de voltar para o continente.
Voltamos lá
pelas 16 horas, a maré já estava cheia, hora de içar as velas e usar a força dos ventos e não mais o motor. Colocamos o celular a tocar
quizomba, deitamos na proa do barco e viemos aproveitando a paisagem. Uma
experiência que nunca iremos esquecer.