Museu e Igreja de São Roque

A capela começou a ser construída em 1506 fora das muralhas da cidade de Lisboa, junto do cemitério onde eram enterrados os que morriam vítimas de peste, por este motivo é dedicada a São Roque protetor da peste. Em 1553 a Companhia de Jesus construiu uma igreja e manteve a antiga capela em seu interior, sendo considerada a primeira igreja jesuíta em Portugal. Em 1768 a Companhia de Jesus foi expulsa do território português, a igreja e seus bens foram entregues a Santa Casa de Misericórdia de Lisboa e hoje compõe o acervo do Museu de São Roque.




A igreja apresenta uma fachada simples e sóbria, mas quando você entra se surpreende com o amplo e rico espaço interior. Ela é composta por oito capelas (quatro de cada lado da igreja), entre elas a original de São Roque, todas decoradas em talha dourada e mármore. Entre as quais destacamos:


Capela da Nossa Senhora da Doutrina



Capela do Santíssimo



Capela de São Francisco Xavier

 

A Capela de São João Batista é uma obra de arte única, foi construída em Roma em 1742, abençoada pelo Papa e depois enviada em três navios para ser montada em Lisboa. É considerada a capela mais valiosa do mundo, sendo ornamentada com ametista, ágata, mármores preciosos, e coberta de ouro e prata.


Capela de São João Batista

 

A Igreja de São Roque foi um dos poucos edifícios que resistiram ao terremoto de 1755, quase sem sofrer estragos. Por isso é possível ver o teto, original, pintado entre 1587 e 1589, o único exemplar maneirista que restou em Lisboa.


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Ao lado da Igreja, no antigo edifício da Companhia de Jesus, fica localizado o Museu de São Roque, um dos primeiros museus de arte sacra de Portugal, criado em 1905. Como dizemos anteriormente seu acervo é composto por diversas pinturas, esculturas e ourivesaria que pertenciam a Companhia de Jesus. Posteriormente, quando as ordens religiosas foram extintas de Portugal, o acervo passou a pertencer a Santa Casa da Misericórdia.

O acervo do museu é organizado em cinco núcleos, seguindo uma ordem cronológica: o primeiro dedicado a São Roque, o segundo dedicado a Companhia de Jesus, arte oriental, Tesouro de São João Baptista e Misericórdia da Lisboa.

 



Objetos de uso litúrgico

 





Esculturas

 



Pinturas

 

A Igreja de São Roque fica ao lado do Miradouro São Pedro de Alcântara e do Miradouro Santa Catarina. Então dá pra organizar, fazer os dois passeios na mesma tarde e ainda assistir ao belíssimo por do sol de Lisboa.

Já falamos sobre os miradouros: http://roadfor2.blogspot.com/2020/06/miradouros-de-lisboa.html

 

Endereço: Largo Trindade Coelho. Bairro Alto, Lisboa.

Horário: Segunda (14 as 19h), terça a domingo (10 as 19h)

Ingresso: O acesso a igreja é gratuito e para o museu custa 2,50

Site: https://mais.scml.pt/museu-saoroque/

Como chegar: É super fácil de chegar você pode ir metro (descer na estação Baixa-Chiado), de Elétrico nº 28 ou de Auto carro nº 202 ou 758.


A maioria dos Museus e Monumentos da Europa tem um dia em que a entrada é gratuita. Esta informação pode ser encontrada nos sites dos próprios espaços. Organize a partir daí suas visitas. Esta é uma boa forma de economizar alguns euros. No caso do Museu de São Roque a gratuidade é aos domingos as 10 às 14horas.


Cascais

Existem diversos passeios no estilo bate-e-volta que podem ser feitos a partir de Lisboa. Minha dica pra aproveitar um dia ensolarado é visitar a encantadora cidade litorânea de Cascais. Cascais é uma antiga vila de pescadores, que acabou se popularizando por conta das belas praias facilmente acessadas e com uma excelente estrutura para os turistas.




É super fácil chegar, a cidade tem uma marina com mais de 600 vagas para embarcações. Mas se você não é um destes afortunados, a maneira mais prática e econômica para ir de Lisboa até Cascais é utilizando o transporte público. O comboio (trem) sai do Cais Sodré a cada 20minutos, a viagem dura uns 40 minutos e custa cerca de 5€ (ida e volta). Também é possível adquirir o Bilhete Pack CP que custa 12€ além de valer como bilhete de ida e volta ainda dá acesso gratuito aos principais parques e museus de Cascais.


 

Uma dica (que vale para todas as viagens de trem em Portugal), depois acessar o comboio guarde seu bilhete com você e num lugar fácil de achar. Porque é comum que fiscais subam durante a viagem e peçam que você apresente o bilhete, caso não tenha o comprovante terá de pagar uma coima (multa) que varia de 200 a 700€.


 

Ao descer do comboio você já sai direto no centro histórico da cidade que é uma gracinha, super organizado, cheio de bares e restaurantes. Assim perambular pelo centrinho e pelas praias é o jeito mais gostoso de conhecer o lugar. É tudo tão compacto que é possível conhecer suas principais atrações a pé mesmo.


 

A cidade tem diversas atrações entre as quais destacamos o Palácio Seixas, um dos edifícios mais emblemáticos de Cascais. Que funciona hoje como messe de Oficiais da Marinha, tendo mantido grande parte da beleza do seu interior.


 

Logo em frente ao Palácio esta localizada a Praça 05 de Outubro, que tem um lindo largo onde esta localizada a Câmara Municipal de Cascais. Nas suas redondezas existem boas alternativas de cafés, bares e restaurantes. Como estava tendo uma apresentação de música na praça, optamos pelo O'Neill's, um pub genuinamente irlandês, climatizado e que serve uma cerveja muuuuuito gelada.


 

Para aqueles que gostam de andar vale a pena uma caminhada de 10 minutos até o Parque Marechal Carmona, com seus jardins e lagos, perfeito pra fazer um piquenique ou sentar para tomar um vinho.


 

Próximo ao parque estão localizadas diversas atrações, entre as quais o Museu Condes de Castro Guimarães. Envolvido entre belos jardins e um braço do mar, o palácio possui um acervo de pinturas mobiliário e peças de joalheria. Funciona de terça a domingo das 10 às 18h e a entrada custa 4€.


 

A poucos metros dali ficam o Farol-Museu Santa Marta, sendo possível subir no farol. O lugar funciona de quarta a domingo e a entrada custa 5€.


 

Em Cascais existem diversas praias e para todos os gostos, mas avisamos que entrar no mar é para os fortes, porque mesmo no verão a água é gelada. Ainda no centro de Cascais estão localizadas as praias da Rainha, da Moita, da Duquesa, da Conceição (foto) e a Ribeira de Cascais.

 

Um pouco mais afastadas do centro da cidade (cerca de 1km), estão localizadas as falésias da Boca do Inferno. Se você estiver viajando sem carro é possível chegar lá de autocarro (ônibus) é só pegar a linha 427 em frente à estação de trem, a viagem dura cerca de 20 minutos e custa 2€.


 

Se você estiver viajando de carro sugiro estender o passeio até o Cabo da Roca, o ponto mais ocidental da Europa. O caminho a partir de Cascais é feito pela estrada N247 (são cerca de 15km de distância). Há placas de sinalização indicando o caminho e estacionamento.

 


Miradouros de Lisboa

Lisboa é linda de todos os ângulos, mas lá de cima revela-se ainda mais graciosa. A cidade nasceu entre colinas, fazendo com que tenha uma variedade de miradouros, pontos de observação de onde temos uma visão espetacular da cidade. E o melhor de tudo é que a maioria deles não se paga nada para acessar. Em alguns deles temos bares para tomar um vinho (ou cerveja) enquanto apreciamos a vista. Comece por estes, mas não fique só neles...


 

1.Miradouro do Castelo de São Jorge

Além de ser um símbolo histórico de Lisboa, o Castelo de São Jorge, é ao mesmo tempo, um dos melhores miradouros, pois se encontra num dos pontos mais altos da cidade. Outro dia nos dedicaremos a falar mais sobre o Castelo, que deve ser ponto obrigatório na sua visita a Lisboa. Lá de cima é possível avistar grande parte de Lisboa, com destaque para o centro histórico e a ponte 25 de abril. Para chegar lá em cima da colina você pode ir de autocarro (ônibus) ou de bonde, ambos te deixam bem na porta do castelo, depois da visita vale à pena descer a pé e se perder pelas ruas do pitoresco bairro de Alfama. Ao fazer isso você, provavelmente encontrara outros miradouros como o de Santa Luzia ou das portas do sol que ficam ali próximos.




 2. Miradouro de Santa Luzia

Pertinho do Castelo esta localizado o Miradouro de Santa Luzia. O lugar tem uma ampla vista sobre o bairro de Alfama e do Rio Tejo. Também é possível avistar a cúpula da Santa Engrácia e as torres da Igreja de São Miguel. O lugar traz uma paz incrível, apesar haver bastante turistas, que vão apreciar o por do sol.




 

3. Miradouro das Portas do Sol

A dois passos do Miradouro de Santa Luzia há outro miradouro imperdível, o das Portas do Sol. O nome vem da antiga Porta do Sol, uma das portas da Lisboa medieval, que foi destruída com o terremoto de 1755.

O miradouro fica em frente ao Palácio Azarara, onde funciona o Museu de Artes Decorativas. Uma boa maneira de chegar lá é pegando o bonde (elétrico nº 28).

Sendo um dos mais clássicos de Lisboa devido à localização privilegiada próxima ao Castelo de São Jorge e uma vista magnífica do bairro de Alfama com suas casinhas com telhados avermelhados. Na parte inferior do miradouro existe um terraço com um bar, num convite para ficar relaxando.




 4. Miradouro de São Pedro de Alcântara

Os jardins de São Pedro de Alcântara esta localizado no Bairro Alto, famoso pela vida noturna. Este miradouro oferece uma visão panorâmica da cidade, onde é possível ver o Tejo e o Castelo de São Jorge. Se vc estiver na parte baixa da cidade, pode subir a pé ou pegar o elevador da glória. O lugar foi restaurado e tem uma esplanada com diversas barracas que vendem comidas e bebidas. É o lugar perfeito para apreciar a paisagem, sentar pra ouvir música e tomar uma sangria.





 5. Miradouro do Largo das Necessidades

Este jardim foi construído em 1745 por Dom João V, resultante de um voto feito para Nossa Senhora das Necessidades. O local tem uma excelente vista sobre a zona ocidental de Lisboa, a ponte sobre o Tejo e a outra margem do rio. Situa-se em frente ao Palácio das necessidades (outro dia falaremos mais sobre ele), sendo possível (a depender do horário) passear pelo palácio e seus jardins e depois apreciar a vista do miradouro.

 



O Largo também é conhecido como Jardim Olavo Bilac, em homenagem ao poeta brasileiro. No centro da sua praça tem um tanque quadrilobado com um obelisco de mármore rodeado por esculturas com carrancas no lado exterior e golfinhos do lado interior.

 


 6. Miradouro do Cristo Rei

A estátua do Cristo Rei esta localizada na margem sul do Rio Tejo, precisamente na cidade de Almada. O lugar oferece uma dupla experiência, uma vista deslumbrante de Lisboa e a oportunidade de uma viagem histórica pelo Santuário do Cristo Rei, mas falaremos sobre nossa visita ao santuário outro dia.


O monumento tem uma altura de 110metros e foi construído no alto de um monte a 215metros acima do nível do mar, fazendo com que o miradouro do Cristo Rei tenha uma das mais lindas vistas da cidade de Lisboa, se o tempo estiver favorável, será possível avistar os principais pontos turísticos, como a Torre de Belém, o Padrão do Descobrimento, as Pontes 25 de abril e Vasco da Gama. Se vc tiver um binóculo conseguira avistar o Palácio da Pena em Sintra, localizado a mais de 20km de distância.

 

7. Miradouro de Santa Catarina

O Miradouro de Santa Catarina fica localizado no Bairro Alto, um dos mais movimentados de Lisboa. E como o próprio nome diz esta localizado na parte alta da cidade. Então o programa já começa na subida, que pode ser feita pelo Ascensor da Bica, um dos funiculares de Lisboa.



 Lá em cima é só andar duas quadras que chega na Esplanada, que tem em seu centro uma estátua do mítico gigante Adamastor do livro de Camões, Os Lusíadas. Por esta razão o miradouro de Santa Catarina, também é conhecido como Miradouro do Adamastor.



 O ambiente é sempre descontraído, com cheiro de cerveja e maconha no ar. Geralmente sempre há uma banda ou artistas de rua se apresentando, o que faz com que o lugar tenha um ar descontraído e seja muito procurado pelos jovens e turistas para assistir o espetáculo do por do sol em Lisboa.



Comida Moçambicana - Lisboa

“Cozinhar não serviço... cozinhar é um modo de amar os outros”

Mia Couto

 


Se você for um africano na diáspora ou se você é simplesmente um apaixonado pelos sabores e cheiros do continente saiba que é possível matar as saudades de casa mesmo estando em Portugal.

Vou falar sobre três restaurantes que oferecem uma boa comida africana, sobre tudo, pratos típicos dos países africanos de língua oficial portuguesa. Mas sei que existem muitos outros afinal a muticulturalidade do país ajuda na diversidade da clientela.

 

Cantinho do Aziz

                O bairro da Mouraria respira aquela sensação de agito, com o vai-e-vem dos turistas. Mas esconde alguns segredos, entre eles o Cantinho do Aziz. Pra chegar lá é necessário subir uma escadaria para chegar ao largo onde funciona desde 1983 o restaurante de comida moçambicana.



                O restaurante é bem simples, suas mesas têm nomes de cidades moçambicanas e as toalhas são de capulana. O atendimento é caloroso e simpático, nos sentimentos realmente bem acolhidos. A responsável pela cozinha é a Chefe Jenny Sulemange. Entre as especialidades estão mumba de galinha, Caril de caranguejo e chacuti de cabrito (Escrevendo e salivando). E não podem faltar as cervejas de Moçambique.



                Quem me conhece sabe da minha paixão pelas chamuças. Então fica a dica: Peça uma porção de entrada (2€). Pedimos Frango à zambeziana + batata frita + arroz de coco (9€) e caril de camarão com quiabo + arroz de coco (13€). A comida estava uma delicia, me senti em Moz.

 

Endereço: Rua São Lourenço, nº 05, Mouraria, Lisboa.

Preço médio: 15 euros

Site: http://cantinhodoaziz.com/

 

Djairsound

                O Djair é um bar-restaurante com música ao vivo, sobre tudo caboverdiana, mas também se apresentam no local músicos de outros países africanos de língua portuguesa. O local é administrado pelo percusionista Jair Pina e sua esposa Filomena. A cozinha oferece pratos caboverdianos e portugueses, entre os quais cachupa (8€), pastel de milho (5€), caril de gambá (13€), muamba de galinha (10€).


O lugar tem um ambiente descontraído, vibrante e caloroso. Perfeito para comer, conversar, ouvir música e arriscar os passos de dança. Eu super indico o local, alias todas as vezes que fui a Lisboa aproveitei para voltar ao Djair. Lembrando que o restaurante só abre a partir das 20h para o jantar e funciona até amanhecer o dia.




 Endereço: Rua das Janelas Verdes, nº 22, Santos, Lisboa.

Preço médio: 12 euros

Site: https://www.facebook.com/Djairsound-808289579280107

 

Roda Viva

                O restaurante fica no bairro de Alfama, bem próximo ao Museu do Fado. O espaço é pequeno, mas bastante acolhedor. A especialidade do Roda Viva é a comida do sul de Moçambique, como a galinha de amendoin, mathapa, caril de caranguejo e de camarão, mas não é única coisa que se come, porque eles também oferecem a cachupa caboverdiana. E lógico que não poderia faltar a boa e velha Laurentina, apesar de continuar preferindo a Manica.


 

Fomos super bem recebidos pelo chefe do restaurante. Admito que no dia que foi lá eu estava morrendo de fome e experimentei um pouco de cada coisa pra matar a saudade de Maputo. O cardápio era realmente variado, mas acabamos optando por chamusas de entrada (1,50€), mathapa (que é um prato feito com a folha da mandioca, coco e amendoin), caril de camarão (15€), Xima (que parece um angu feito com massa de farinha de milho branco), acompanhados por um achar de manga com piri-piri (isso não é para os fracos).




Endereço: Beco do Mexias, nº 11, Alfama, Lisboa.

Preço médio: 16 euros

Site: https://www.facebook.com/RodaVivaAlfama/


 

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